SAÚDE

A importância do ácido fólico na gestação

01/03/2018 11:30




* Dra Izabela Bartholomeu - Ginecologia/Obstetrícia - CRM 53124/MG
Médica do Hospital de Nossa Senhora das Dores e professora de Medicina na Faculdade Dinâmica

Consultório: av. Dr. Otávio Soares, 108/Salas 801 e 802 - Mila Center - Palmeiras/Ponte Nova - (31) 3817-2750

O Conselho Federal de Medicina (CFM) aprovou recomendação que orienta sobre a ingestão do ácido fólico, ressaltando a importância da inserção antes da concepção e nos três primeiros meses da gravidez.  O CFM orienta para que os médicos informem às pacientes sobre a necessidade do suplemento.

A medida atende uma solicitação da Federação Brasileira das Associações de Ginecologia e Obstetrícia (Febrasgo) para alertar as mulheres sobre a correta ingestão da vitamina. Entretanto, para ser alcançado benefício para o feto no que se refere aos defeitos do tubo neural, é essencial que a ingestão comece antes da gestação.

Um levantamento feito pela Febrasgo com 494 mulheres, entre usuárias de planos de saúde e do SUS, revelou que 58% engravidaram sem planejar e só 13,8% receberam orientação e usaram ácido fólico no período. A pesquisa aponta que apenas 3,8% tomaram o suplemento na dose recomendada por dia. Os dados mostram que as mulheres não conhecem os benefícios do ácido fólico e não foram informadas sobre como e quando usar.

O ácido fólico é uma vitamina do complexo B que age no processo de propagação das células e na formação de proteínas estruturais da hemoglobina. Pode ser encontrado em sua forma natural em vegetais de folhas verde escuras, como couve, brócolis e espinafre, mas é mal absorvido pelo organismo. Por isso, a suplementação é a alternativa mais eficaz e prática para a mulher que deseja engravidar.

O consumo do ácido fólico pode reduzir em até 75% o risco de má-formação no tubo neural do feto, ajudando na prevenção de anencefalia e da meningomielocele, que apresentam como consequências paralisia de membros inferiores, incontinência urinária e intestinal nos bebês, diferentes graus de atraso mental, dificuldades de aprendizagem escolar nos casos da meningomielocele e incompatibilidade com a vida no caso da anencefalia. É preciso tomá-lo o quanto antes. O ideal é que a ingestão se inicie assim que a mulher comece o planejamento para engravidar.

A quantidade ideal deve ser avaliada diretamente com o médico, mas fica em torno de 400 microgramas diários, prescritos pelo ginecologista e obstetra.

A necessidade de acesso a essas informações ressalta a importância do planejamento gestacional, e o melhor momento para isso é na consulta pré-concepcional com o ginecologista e obstetra. Agende logo sua consulta!







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