CIDADE

Segue debate sobre paralisação no ‘Dia da Cidadania’

22/08/2018 17:45




Ainda nesta quarta-feira (22/8), repercutia em Ponte Nova o “Dia da Cidadania” organizado pela Prefeitura, diante de sua sede, como parte do protesto estadual contra a falta de repasse de recursos pelo Governo do Estado para os cofres municipais.

A Administração postou - e retirou do ar - informe creditando o evento à
organização dos trabalhadores. Em seguida, circulou manifesto da Central dos Trabalhadores do Brasil/CTB classificando os atos - pelo Estado afora - de locaute (quando o empregador obriga os trabalhadores à paralisação do trabalho).

Como esta FOLHA já divulgou, houve documento em nome da secretária de Educação, Fernanda Ribeiro, e do Conselho do Fundeb, e os servidores foram “convocados” para o ato, com risco de “corte do ponto” em caso de ausência.

Falando na Câmara na noite dessa segunda-feira (20/8), dois vereadores anteciparam críticas à manifestação realizada na manhã seguinte, diante da sede da Prefeitura pontenovense, numa iniciativa municipal antecedida por “convocação” feita aos servidores.

Rubinho Tavares/PSDB disse que o prefeito Wagner Mol/PSB “está mal perante a opinião pública” por causa do “autoritarismo na forma em que estão conduzindo a Administração. Estão convocando para fazer a manifestação, e não é assim que funciona”, disse ele.

“Eu sou funcionário municipal e não vou. Sou pago para trabalhar, não sou pago para fazer manifestação. Agora vem fazer manifestação justamente no período eleitoral? Só trouxa, só bobo é que não quer ver o que está acontecendo! Fica aqui a minha indignação”, desabafou ele.

Indicando o clima eleitoreiro da programação, Hermano Luís/PT suspeita de que “isso faz parte da comitiva que passou pela cidade na semana passada, entre eles o senador Antônio Anastasia/PSDB, que acusou o Governo/MG pela crise municipal. “Isso é coisa política. É campanha de cunho eleitoreiro para haver confronto contra o Governo do Estado e promover outros candidatos”, concluiu o vereador.

Ouvida por esta FOLHA, a secretária Fernanda negou que sua convocação tivesse “interesse político-eleitoral”. “Eu participei de reunião do Conselho do Fundeb e, como ocorreu em datas anteriores, fiquei impressionada com o valor da folha de pagamento do pessoal da Educação (R$ 1,4 milhão) e o saldo da conta (R$ 600 mil).

Fernanda acrescenta que o déficit no repasse do Governo Estadual para a conta do Fundeb chega a R$ 3 milhões, “sendo este um dinheiro que dava para construir três creches. Mas eu não vinculei o ato à questão eleitoral, tanto que num segundo e-mail que mandei para as escolas expliquei que haveria - como houve - um dia letivo na praça”.

Fernanda salienta que - ao contrário do ocorrido em outras Prefeituras - a Administração Municipal de Ponte Nova não expressou ataques ao Governo Estadual, limitando-se a relatar o tamanho do déficit: “Tivemos palestras sobre as áreas de Planejamento, Fazenda e Saúde”, relatou ela, lamentando a polêmica criada sobre o assunto.







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