Juan Tumba-Noé - Ortodontista / CROMG 13.321
Consultório - Av. Dr. Otávio Soares, 41/Sala 411 - Palmeiras/Ponte Nova ( (31) 3817-1403
O hábito de roer unhas (onicofagia), recurso para relaxar ou descarregar as tensões - nervosismo, ansiedade, frustração, insegurança, medo, tédio, fome e prazer -, não é tão inofensivo.
No momento do apoio para a roeção, os dentes são pressionados em direção ao interior da boca. A pressão contínua e repetitiva nos dentes é uma força contrária ao crescimento ósseo que afeta a posição dentária, diminuindo a distância entre os caninos (a soma das bordas dos incisivos é a medida necessária para caberem os dentes alinhados entre os caninos).
Efeito de importância odontológica: os dentes não cabem numa distância intercanina menor e a tendência natural é girar para poder caber, alterando a posição dos dentes.
A onicofagia faz impossível a permanência do alinhamento conseguido pelo tratamento. Quando o paciente continua roendo unhas, vemos alguns casos tratados que apresentam recidiva (“volta tudo”) depois da retirada do aparelho. Assim, o resultado do tratamento fica por conta da força de vontade do paciente.
Ponha atenção na causa do problema, pois, quando é descoberta, faz possível a busca da solução, seja só ou com ajuda:
- Se é um fator físico do tipo desafio localizado: cuidado com as unhas, recorte de cutículas, lixamento, com uso de esmaltes coloridos ou de sabor ruim.
- Se é ansiedade ou alguma manifestação psicológica, a atenção profissional é necessária para identificação dos “gatilhos” (fatores que provocam a “necessidade” de roer unhas) e o tratamento prévio ou simultâneo à correção ortodôntica.