CIDADE

Há 6 meses, a cesta básica está mais cara em Ponte Nova

16/05/2022 17:30




O Índice de Preços ao Consumidor de Ponte Nova/IPC-Ponte Nova referente ao mês de abril comprovou o que os moradores do município já vêm sentindo há pelo menos seis meses: está cada vez mais caro comprar os itens que compõem a cesta básica.

A informação de 9/5 é do Curso de Ciências Contábeis da Faculdade Dinâmica. A partir da parceria com Associação Comercial e Industrial de Ponte Nova (Acip/CDL), Sala Mineira do Empreendedor/Prefeitura de Ponte Nova, FOLHA DE PONTE NOVA e TV Educar, a Dinâmica acompanha desde 2017 a evolução de indicadores econômicos no município de Ponte Nova.

Levando em conta o valor médio bruto desde novembro de 2021, a cesta básica em Ponte Nova sofreu aumento de R$ 109,04 em abril, diz a pesquisa. Naquele mês, quando o salário mínimo era de R$ 1.100,00, o valor médio no município foi de R$ 467,41. Agora, com o salário mínimo de R$ 1.212,00, o IPC-Ponte Nova de abril apontou que a cesta está custando em média R$ 576,45. Em comparação com o mês anterior (março), a cesta básica encareceu R$ 32,99.

Os produtos que ficaram mais caros foram estes: batata inglesa (42,04%), farinha de trigo (13,15%), pão francês (11,28%), leite (10,58%), óleo de soja (9,33%), feijão carioca (7,05%), acém (4,81%), margarina (3,64%), café em pó (3,33%), arroz (1,46%) e açúcar (1,42%). Em contrapartida, os produtos que apresentaram quedas em seus preços médios foram a banana prata (-5,86%) e o tomate (-2,24%).

Um trabalhador que recebeu um salário mínimo precisou trabalhar aproximadamente 104,64 horas no mês para adquirir a cesta básica, que correspondeu a 47,56% do valor do salário mínimo (R$ 1.212,00). A renda que sobrou para satisfazer as demais despesas, como moradia, saúde e higiene, foi de R$ 635,55.

O IPC-PN Cesta Básica é um levantamento contínuo dos preços de um conjunto de produtos alimentícios considerados essenciais. A pesquisa é realizada a partir dos preços coletados nos supermercados de Ponte Nova para o cálculo do Índice de Preços ao Consumidor e, ao longo dos anos, foi se tornando um importante indicador do custo de vida dos pontenovenses e servindo de parâmetro para consumidores e empresas no comportamento do consumo.

"Os itens básicos pesquisados foram definidos pelo Decreto-Lei nº 399, de 30 de abril de 1938, que regulamentou o salário mínimo no Brasil e está vigente até os dias atuais. Tal decreto determinou que a cesta de alimentos fosse composta por 13 produtos alimentícios (açúcar, arroz, banana, batata, café, carne bovina de segunda (acém), farinha de trigo, feijão, leite pasteurizado, margarina, óleo de soja, pão francês e tomate), em quantidades suficientes para garantir, durante um mês, o sustento e bem-estar de um trabalhador em idade adulta.

Os bens e quantidades estipuladas foram diferenciados por região, de acordo com os hábitos alimentares locais. "O banco de dados do IPC-PN Cesta Básica apresenta os preços médios, o valor do conjunto dos produtos e a jornada de trabalho que um trabalhador precisa cumprir para adquirir a cesta. Os dados permitem a todos os segmentos da sociedade conhecer, estudar e refletir sobre o valor da alimentação básica no país", conclui o relato da Dinâmica.







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