Passada a euforia (e a ressaca) das eleições de 6/10 em Ponte Nova, começa a mudança, que só termina com a posse dos novos dirigentes municipais em 1º/1/2025.

O prefeito Wagner Mol/PSB instituiu, no decreto de 9/10, a Comissão de Transição de Mandato, prevendo que seus 4 representantes se juntem aos 4 indicados pelo prefeito eleito Milton Irias/Avante para trabalhar a partir de hoje, sexta (11/10).

No fechamento desta edição, ainda não havia a divulgação dos 8 nomes, os quais buscarão “dados fundamentais para implantação de projetos e programas e atendimento de compromissos de campanha”, como relata o decreto para acrescentar:

- Em caráter sigiloso, o grupo terá acesso a contas públicas, inventário de bens, programas e projetos, convênios e contratos, estrutura dos órgãos e entidades da Administração Direta e Indireta, mais a relação de cargos, empregos e funções.

Protocolos à parte, o período pós-eleição é também de reorganização das forças político-partidárias, notadamente na área da oposição. Não por acaso, Wellerson Mayrink/PRD disse na Câmara em 7/10: “Acabou a eleição, Ponte Nova precisa mudar, melhorar, e é hora de acabar com as rivalidades. Vamos somar [com os eleitos], pois a gestão continua, mas não achem que vamos pendurar as chuteiras.”

De fato, ao final de cada período eleitoral, é de se esperar o sucesso do ciclo de reorganização. Vencedores e perdedores atualizam plataformas e métodos de atuação diante do novo cenário político-administrativo.

O grupo político que acompanha Milton agirá para atender as demandas dos cidadãos/eleitores e as premissas de seu Plano de Governo.

Já a oposição tem a democrática missão de fiscalizar e, tanto quanto possível, reaglutinar os apoiadores em novas bandeiras de fortalecimento da cidadania.

Imaginemos uma aliança estratégica, na qual é possível inserir-se, na função fiscalizadora do Executivo, o grupo político de Valéria Alvarenga/PP. Parece utópico, mas, pelo bem da cidade, deveria ser esta a perspectiva a se construir.