As advogadas Élida Franklin e Daniela Ibrahim divulgaram nota nesta semana reforçando a tese de que o soldado/PM Rafael Marco Gama de Souza agiu em legítima defesa em Amparo do Serra, ao matar a tiros (leia aqui, aqui e aqui), em 27/10, Antônio Cláudio de Souza Bellico (Claudinho).
As duas requereram a liberdade provisória para Rafael Gama: “Discutiremos, no processo, a sua absolvição ou o crime de homicídio privilegiado, cabendo agora aguardar a manifestação do Ministério Público e a decisão do Poder Judiciário.”
Esta FOLHA apurou em 8/11 que um advogado de Manhuaçu requereu em Juízo habeas corpus (HC) em favor de Gama com pedido de liminar, a ser apreciada nesta semana.
Ida a Manhuaçu
Élida e Daniela reuniram-se com o PM em Manhuaçu ainda em 7/11, no Batalhão da PM, onde ele segue “injustamente recluso”. Consta no texto das advogadas: “A entrevista reforçou as teses iniciais de defesa, evidenciando elementos e detalhes de muita importância para o deslinde das investigações.”
Ambas se baseiam em imagens do crime [vídeos de populares e das câmeras de segurança] para sustentar que Claudinho iniciou a discussão e a agressão, correndo para não acatar a “voz de prisão” e, sendo novamente agredido, o policial caiu no chão junto com o oponente, o qual tentou tomar a sua arma. Neste momento, dizem as advogadas, Gama disparou “em legítima defesa”.
Advogados da família
Contratado pela família de Claudinho, o advogado Moacyr Fialho [que atua com a colega Sherllee Oliveira] acompanha a investigação comandada pelo delegado Silvério Aguiar. “O conteúdo das provas testemunhais deságua, ao meu ver, em homicídio qualificado”, disse Moacyr para acrescentar:
“Registro total desacordo com os comentários ventilados em alguns canais de comunicação referentes ao declínio de autoria delitiva ao Antônio Cláudio, uma vez que morreu desarmado e em luta corporal para sobreviver.”