Os Hospitais Arnaldo Gavazza/HAG e Nossa Senhora das Dores/HNSD promoveram em 11/9, no Auditório da OAB/Centro Histórico, o 1º Fórum sobre Desafios da Equidade no Transtorno de Espectro Autista/TEA e na Transexualidade. Na noite anterior, a Secretaria/PN de Educação abriu a 7ª Jornada do Setembro Azul com este tema: “Incluir é transformar: por um aprendizado sem barreiras.”
O protagonismo dos dois eventos (leia aqui) reflete a urgência na sistematização de práticas que respeitem e valorizem a diversidade, como cobra o Coletivo de Mães Atípicas de PN. Ao discursar em 11/9, José Bueno de Magalhães/gestor dos dois hospitais disse que, no recente Congresso Nacional das Santas Casas e Hospitais Filantrópicos [em Brasília/DF], notou uma preocupação maior com o uso da Inteligência Artificial.
“Vou levar este tema para lá”, informou Bueno, mencionando a necessidade do HAG e HNSD investirem, sem tréguas, na qualidade do atendimento oferecido pelos seus 1.500 funcionários e 280 terceirizados.
Esta meta ficou evidenciada na entrevista que nossa Reportagem fez, na abertura do Fórum, com Raquel Elói, gerente de Qualidade do Gavazza, e Luciane Azevedo, gerente de Regulação e Qualidade do HNSD (assista em nosso site e Instagram).
A motivação inicial do Fórum veio do HNSD, cuja equipe deparou com dificuldades no atendimento a pessoas trans e seus nomes sociais. Nas duas instituições, há também a realidade da permanência de pacientes autistas no ambiente hospitalar.
É, portanto, oportuno que as duas organizações se mobilizem pelo atendimento integral, criando rotinas que se reflitam na estrutura regional de saúde.
Visão similar é possível no cenário educacional, a partir das ações do Setembro Azul. A propósito, a temática ganha relevância maior com avanço na efetivação do Plano de Educação da Primeira Infância.
Aliás, a importância do debate da regulamentação prática de atendimento vale para todos os segmentos da comunidade. Basta registrar a declaração da juíza Dayse Mara Baltazar no final do evento de 11/9: “Nós também, lá no Judiciário, temos os nossos problemas envolvendo a questão do tratamento de autistas e trans.”